O espaço litúrgico é onde a Igreja realiza o seu culto e celebra os mistérios da salvação. É um espaço sagrado, que manifesta a presença de Deus e favorece a participação activa na liturgia.
Dentro do espaço litúrgico, há lugares específicos destinados à celebração dos rituais sagrados. Estes lugares são chamados de lugares litúrgicos e têm uma função e um significado próprios. Os principais lugares litúrgicos são o altar, o ambão e a cátedra, que representam os três aspectos fundamentais da liturgia: o sacrifício eucarístico, a palavra de Deus e o ministério pastoral.
A harmonia entre o altar, o ambão e a cátedra decorre da sua localização no espaço, da sua forma e da sua decoração. Os lugares litúrgicos devem ser visíveis a todos os participantes da celebração. Devem ter formas simples e dignas, que expressem a sua função litúrgica e o seu significado simbólico. Devem ainda ser adornados com sobriedade e beleza, sem elementos que desviem a atenção do mistério que ali se celebra.
Os lugares litúrgicos devem também estar em consonância com os demais elementos do espaço celebrativo, como o sacrário, a cruz e outras obras artísticas que integrem o espaço litúrgico, espelhando a unidade da liturgia e da Igreja.
A importância do espaço litúrgico e dos lugares litúrgicos foi enfatizada pelo Concílio Vaticano II, que promoveu uma renovação da liturgia e da arte sacra. O Concílio recomendou que as igrejas fossem adaptadas às exigências da celebração atual, respeitando ao mesmo tempo o seu valor histórico e artístico. De igual modo, o Concílio Vaticano II incentivou a participação activa dos fiéis na liturgia, favorecendo uma disposição do espaço celebrativo que sublinhe a comunhão entre o povo de Deus e o seu pastor. O Concílio Vaticano II foi, assim, um marco decisivo para a teologia do espaço litúrgico.